A busca pela sustentabilidade econômica e a maximização do lucro são metas legítimas de qualquer organização. Contudo, há um paradoxo recorrente que precisa ser enfrentado com seriedade: se a saúde financeira é tão valorizada, por que a saúde dos trabalhadores — um dos pilares da produtividade — continua sendo negligenciada? Por que é tão comum observar empresas que relativizam ou mesmo ignoram a importância estratégica da saúde ocupacional? Por que ainda se opta pelo descumprimento deliberado de normas regulamentadoras, pela omissão de acidentes de trabalho, pela sonegação de informações médicas e pela contratação de serviços meramente documentais, sem qualquer efetividade técnica?